domingo, 24 de janeiro de 2010
Naquele tempo, numa barca, um dia,
Jesus, cansado, tinha adormecido;
Levanta-se o mar, enfurecido
Pelo rijo soprar da ventania.
Remavam os discípulos, sem guia,
No pequeno batel quase perdido,
E, cheios dum terror indefinido,
Acordaram o Mestre, que dormia.
Ergueu-se e disse às vagas sem tardança:
– «Aquietai-vos!» – e logo houve bonança.
– «Que temeis? – aos discípulos volveu,
– Homens de pouca fé!...» – E eles quedaram...
– «Quem será este Homem – murmuraram –
A quem a tempestade obedeceu?».
Maria de Carvalho
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