Aonde te sumiste,
Amado, e me deixaste soluçando?Como o cervo fugiste,
Ferida me deixando;
Tinhas partido, quando saí clamando.
Pastores, os que subirdes
Além pelas malhas ao outeiro,
Se por sorte vós virdes
Aquele a quem mais quero,
Dizei-lhe que agonizo enquanto espero.
Buscando meus amores
Irei por esses montes e ribeiras;
Não colherei as flores,
Nem temerei as feras,
E passarei os fortes e as fronteiras.
Oh bosques e espessuras
Plantadas pela mão do meu Amado!,
Oh prado de verduras,
De flores esmaltado!,
Dizei-me se por vós terá passado!
(...)
S. João da Cruz
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