quinta-feira, 26 de novembro de 2009


Contente de me dar, como as gaivotas,
bebo o Outono e a tarde arrefecida.
Perfeito o céu, perfeito o mar e este amor,
por mais que digam, é perfeito como a vida.

Tenho tristezas como toda a gente.
E como toda a gente quero alegria.
Mas hoje sou dum céu que tem gaivotas
e leve o diabo essa morte dia a dia.

Eugénio de Andrade

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