Às vezes os dias também choram
as rosas a desfolharem
ou a memória das pequenas pedras roladas
Outras vezes
são os gostos, as cores e os aromas,
a luz e o brilho das árvores,
os murmúrios dos pássaros
ou a onda a desfazer-se
na margem dos pés nus
Às vezes lembram nocturnos,
ecos no areal húmido
a reverberarem longínquos no som da maresia
ou o instante, o nada que não é
a bailar com os fantasmas
Às vezes os dias também choram
e vibram acordes de fantasia
Sem comentários:
Enviar um comentário