sábado, 8 de agosto de 2009


Às vezes os dias também choram
as rosas a desfolharem
ou a memória das pequenas pedras roladas

Outras vezes
são os gostos, as cores e os aromas,
a luz e o brilho das árvores,
os murmúrios dos pássaros
ou a onda a desfazer-se
na margem dos pés nus

Às vezes lembram nocturnos,
ecos no areal húmido
a reverberarem longínquos no som da maresia
ou o instante, o nada que não é
a bailar com os fantasmas

Às vezes os dias também choram
e vibram acordes de fantasia

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